domingo, 22 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE NATAL

Aos KusKas de Avintes:
 
A todos os seus Familiares e Amigos.
Votos de um Santo Natal e que 2014 vos preencha com muita  saúde e que possibilite a realização dos vossos sonhos.
 
 
                           

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal


O KusKas, deseja  a todos os amigos que nos acompanham através do blogue e nos seguem na página do Facebook, que têm manifestado alguma comunhão de ideias que nos permite julgar que vale a pena “olharmos “ para a nossa “Terra” á nossa maneira.
Incluímos todos os outros Avintenses, nossos  conterrâneos nesta festa da Família, Desejamos muito sinceramente que todos tenhamos um,
                                                                     SANTO E FELIZ NATAL
Precisamos  de pensar positivo nesta quadra de PAZ, ALEGRIA e de FAMILIA, vamos fazer com que nada seja impossível, porque os sonhos de ontem, são as esperanças de hoje e podem converter-se em realidades amanhã.
Um bem hajam e que a Paz do Senhor fique com todos.
 
O KusKas


terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Industria Parte III

As abordagens que fizemos anteriormente tinham (ou têm) uma maior incidência naquilo que é a nossa memória, vivências pessoais e experiências familiares que assentam nos finais dos anos 50. Agora vamos acompanhar o nosso crescimento emparelhado no “DESENVOLVIMENTO” daquela que iria ser o maior suporte Industrial de Avintes e nos acompanhou até aos dias de hoje.
Já falamos no fabrico das carroçarias para autocarros, uma fábrica de reutilização de papel/cartão velho e usado em folhas de cartão para os mais variados fins. Vamos falar da Industria de Calçado e da sua importância para a economia LOCAL.
Avintes, ia deixando de ser uma terra com uma vertente rural muito grande, porque a solicitação das várias industrias que iam florescendo cá na “TERRA” levaram as pessoas a enveredarem por “carreiras” profissionais que a Industria local lhes ia “oferecendo”.
Ao mesmo tempo que “importava” mão de obra para o desenvolvimento das mais variadas atividades, abriam-se outros “mercados” que “consumiam” mão de obra cada vez mais especializada e que dada a diversidade as pessoas de Avintes foram á procura porque as saídas profissionais que lhes “ofereciam”; em Avintes não existiam.
No artigo anterior, salientamos as movimentações de pessoas com destino das freguesias vizinhas que se deslocavam diariamente para ocupar os mais variados postos de trabalho na  Industria Avintense, começava-se a assistir a uma inversão dos movimentos, e ao mesmo tempo que se continuava a assistir ás chegadas, partiam diariamente centenas de Avintenses para o seus destinos profissionais.
Eram maioritariamente no Comércio e nos mais variados “serviços”, com maior incidência no sector automóvel que se empregavam os Avintenses que saíam da terra, abriam-se as portas dos Armazéns de Vinho do Porto, onde centenas de pessoas ganhavam a sua vida. Os autocarros viajavam com grande azafama entre Lever/Crestuma/ Avintes/Oliveira do Douro/Gaia/Porto , era um corrupio de pessoas que em Avintes ou fora criavam meios para a evolução do comércio local que nos permitiu ser uma comunidade mais próspera.
As razões por que lhes falamos da Industria de calçado, não será pelos melhores motivos; á degradação do parque Industrial de Avintes não é estranha o “afundamento “ da maior fonte empregadora da nossa Terra.
Ao abordar este tema, não queremos aqui fazer qualquer tipo de apreciação/juízos de valor sobre os motivos/causas, nem que as imagens sirvam para apontarem o que quer que seja, queremos simplesmente transmitir a constatação de factos que nos levaram a ficar mais pobres.
Lembramo-nos o grande desenvolvimento desta industria nos anos 60/70 segue-se o período pós 25 de Abril que veio alterar algumas regras no mercado, as consequências foram nuns casos favorável, outros não se adaptaram ás mudanças e entram numa fase de estagnação que as levariam á rutura técnica e económica.
O desenvolvimento foi-se perlongando pelos anos 80/90 e eram bem visíveis a satisfação de empregados e empregadores, as fábricas iam-se modernizando com maquinas e instalações, abriram-se horizontes políticos/económicos que iriam revolucionar a industria do calçado em Avintes.
Numa visão “diferente", apareceram os “ALEMÃES”, que se instalaram inicialmente numa pequena fábrica junto ao cruzeiro (de baixo) por volta de 1975 e onde se mantiveram durante alguns anos e num crescendo de atividade acabaram por construir uma fábrica de raiz e do mais moderno que havia no sector. Decorreriam os anos de 79/80 quando passaram para as novas instalações e numa estratégia de crescimento e modernização de todo o sistema de fabrico com maquinaria e pessoal especializado que entretanto recrutaram na industria local. Centenas de pessoas de Avintes e outras localidades mais próximas trabalhavam diariamente na “ARA” em Avintes. Em paralelo outras fábricas acompanhavam o desenvolvimento, período de grande prosperidade, não faltava trabalho, os rendimentos familiares permitiam mais qualidade de vida e maior investimento no comércio local.
 
Como tudo o que “NASCE”, “CRESCE” e “ MORRE”, acabamos por assistir ao desmembramento desta Industria, hoje resumem-se a algumas (muito poucas) que souberam ajustar-se aos novos tempos e ainda mantêm acesa a “Industria de calçado” em Avintes.
 
Aproveitamos para manifestar os nossos votos de prosperidade á Industria que resta e desejar que o “Tempo” nos traga esta ou outra atividade para  ajudar ao desenvolvimento económico da Avintes.
Hoje sentimo-nos mais pobres, percebemos que muito dificilmente regressaremos a esses tempos áureos em que quase tudo se movia á volta desta Industria, esperemos que se criem condições politicas e de logística para “trazer” para Avintes alguns sectores de Industria que crie empregabilidade para as nossa “gente”, temos que criar condições para que se “prendam” os nossos jovens á sua “TERRA”, acessibilidades que permitam “rasgar” Avintes ao meio e façam chegar os mais variados meios de transporte a zonas hoje quase impenetráveis. Não podemos continuar a usar a 222 como o eixo de referência, precisamos de dar vida á zona norte da Vila e para isso só com uma rede de estradas que permitam levar a “MODERNIDADE”  e os empreendedores até lá.
Nota: Por razões de respeito, não falamos em nomes de pessoas, nem firmas. A exposição de fotos não retratam mais que os cenários reais e sem qualquer intenção incriminatória, porque até nem conhecemos em pormenor caso a caso:
 
O "KusKas"
 
 

domingo, 21 de outubro de 2012

ESCOLAS DA NOSSA TERRA


Universidade de muitas vidas: 
 
Numa pequena homenagem que pretendemos prestar ás escolas e aos professores que nos ajudaram a dar os primeiros passos na nossa formação, fizemos uma incursão no terreno de uma em que um de nós fez a sua “primária”. Território devastador, triste e abandonado quase desértico a causar uma tristeza profunda a quem por lá passou parte da sua juventude com a alegria inerente á rebeldia de dezenas de “miúdos” que partilhavam as suas brincadeiras de pé descalço. Não faltavam espaços mais ou menos verdes para as traquinices a que os “grupos” se quisessem dedicar, era a jogar á bola, aos cowboys, ao pião, á barra e tantas outras que estivessem na imaginação de cada um e onde nem faltava o “regato” onde nos banhávamos e até muitos aprenderam a nadar . A saudade bateu fundo, transportou-nos á meninice e aos amigos de então, a tudo o que se fazia com tão poucos recursos, ao sabor da broa da “mercearia da Elisinha”, onde muitas vezes e quando se arranjava uma “moedinha” lá íamos investir em 5 tostões de sêmea e 5 tostões de figos que era um petisco ao alcance de poucos, da fruta que surripiávamos nos mais variados terrenos de cultivo das muitas pessoas que viviam da lavoura. Ambiente de gente humilde, alguma pobreza mas uma solidariedade enorme que do pouco se fazia muito. Estamos a falar do Padrão onde muito próximo e na outra margem do rio Febros funcionava a ESCOLA DA MATA: 
 Edifício da escola inserido no complexo “Quinta do Guimarães”, esta escola construída em 1916, serviu a população juvenil das margens do rio Febros do lado de Avintes e de Vilar de Andorinho. 
Numa linha que começava na “Ponte” (junto da ETAR), passava pelo Rio da Azenha, Carril, Queimada, Padrão, Gesta, até chegar próximo da Ponte de Pedra.
Cremos que a família mais a sul e onde terminava o território (escolar) do lado de Avintes eram os “TRICANOS”, pois a partir dessa linha imaginária passavam a frequentar a escola do “Palheirinho” ou do “Fundão”.Centenas de “miúdos” de Avintes juntavam-se diariamente a tantos outros do lado de Vilar de Andorinho, com incidência no Lugar da Mata até onde a E.N. 222 faz a divisão da Freguesia.
Recordamos as excelentes condições (para a época) que não eram só arquitetónicos, a Escola proporcionava no seu interior excelentes espaços quer nas salas de aula como em todos os serviços auxiliares, a casa de banho, cantina que não servia refeições mas oferecia ao lanche o leite (em pó) e o melhor queijo que muitos ainda se recordarão como o queijo “amarelo”servido em grossas fatias que ainda hoje fará crescer água na boca.
Só o frio metia algum medo, já que as divisões amplas e a proximidade do “Regato” tornava a zona e a escola em particular muito fria, mas nada que os intervalos não minimizassem com as brincadeiras da época.
Foram-se sucedendo gerações a passar pela Escola, naturalmente também de professores, mas muitas mais de alunos do que de professores pois “memorizamos” durante anos e anos a Do­na NAIR, que ensinou o A.B.C. a várias gerações de alunos das mesmas famílias.
Ligada nas margens pela ponte Fernandes e pela ponte do Aleixo, dezenas de “miúdos” faziam quilómetros até á escola, pois não havia transporte a não ser as pernas muitas vezes mesmo com os pés mal calçados. Estávamos na época das chancas, dos butes e do pé descalço conforme as “posses”dos “viajantes”. A própria professora que vinha de Gaia (vivia junto ao jardim Soares dos Reis) e usava a camioneta como forma de transporte até á “ponte”,fazia o percurso todo a pé até á Escola. A proximidade e a convivência ajudaram a formar grandes amizades que muitos mesmo seguindo trajetos diferentes ainda hoje “respeitam” essa amizade cimentada em horas de dificuldades, mas de grandes cumplicidades e muita solidariedade das próprias comunidades locais.
A Terra abandonada entristece-nos, a solidão dos poucos moradores leva-nos a pensar o que poderia ter sido feito para contrariar a história, se calhar devia-se, mas voltaremos noutra altura e com outros motivos a falar disso,

Esperamos ter reavivado a memória de alguns que nos leem, mas levar aos mais novos factos e histórias da “OUTRA” parte da nossa terra.


O KusKas


 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

RECONHECIMENTO

Questionávamo-nos montes de vezes se havíamos de publicar este artigo, tínhamos pesquisado nos nossos “arquivos” e recolhido “material” junto da família para escrever a biografia de um amigo, companheiro e Avintense a quem quase todos nós de qualquer forma devemos alguma coisa.
Foi enorme a surpresa quando na ultima edição do “ Noticias de Avintes” alguém ( o nosso conterrâneo e amigo Santos) publicou um artigo sobre o nosso “escolhido” Manuel Leite dos Santos, ficamos duplamente satisfeitos, porque e por coincidência mais pessoas confirmavam que era importante referenciar e valorizar Avintenses que se destacaram e continuam a transmitir “valores” enraizados de à muitos anos na população Avintense.
Embora cada vez mais desvalorizado pela população mais nova, éramos e com o suporte numa população mais envelhecida, continuamos a ser um população “bairrista”, “generosa” “solidária” e que tudo faremos para deixar como “herança”  aos nossos “filhos”.
Decidimos publicar no nosso blogue e na nossa página do faceboock porque  achamos que valeria a pena, até porque podemos chegar por esta via a pessoas onde o jornal não chegou e a Avintenses que vivam fora da sua zona de naturalidade.
Se queremos falar de “bairrismo”, “generosidade” e “solidariedade”, entre muitos Avintenses escolhemos falar do Manuel Leite dos Santos, porque na nossa opinião encaixa perfeitamente no perfil que tínhamos definido.
Muitos dos mais novos, dos mais velhos, recordam-se da figura do “Leites” como o homem que ensinou o 1º catecismo, pessoa já nessa época muito activo na J.O.C. (Juventude Operária Católica).
Fez o seu percurso escolar na Escola de Cabanões (Hoje Edifício da Junta Freguesia) onde teria como muitos outros amigos dado inicio á sua carreira desportiva pela mão do seu Professor (Aquiles filho)  no “pinhal do farrapa” onde treinava os seus alunos para os mais variados torneios de futebol e atletismo que se organizavam no campo do F.C. Avintes.
Acabado o ensino primário, o destino era o da maioria dos jovens “trabalhar” e assim deu inicio á sua 1ª actividade profissional que foi de ourives numa das maiores fabricas do distrito do Porto a “ A. Teixeira da Rocha”.
Aos 15 anos o seu amigo José Oliveira “ Zé Trolha” empurrou-o para os Juniores do F.C Avintes, fez parte de uma equipa com o Boaventura, Bino, Pedrosa, Evaristo, Serafim  entre mais gente que acabaram por fazer carreira no futebol o que não aconteceu ao então candidato a guarda – redes, Ainda bem.
Despontava um craque no atletismo Nacional, nosso conterrâneo o José Rocha por quem o “Leites” tinha uma admiração enorme e o empurrou para o “recrutamento” da secção de Atletismo do Futebol Clube do Porto onde fez parte das equipas de Iniciados, juvenis, juniores e seniores, participando em todas as categorias nos campeonatos regionais e nacionais. Daí ao sucesso foi um passo, em representação do F.C. Porto e da selecção do norte participou em provas nacionais e em Vigo, Salamanca e na Corunha, onde individualmente e colectivamente ganhou muitas provas.
1965 levou-o como a muitos jovens da altura a cumprir o serviço militar, assentou praça no C.I.C.A. -1 no Porto, o flagelo que tinha atacado a nossa juventude tocou-lhe á porta e passado alguns meses foi mobilizado para Angola.
Incorporado no “Grupo de Cavalaria nº 1” os “ Dragões de Angola” e depois de instalado, foi convidado a fazer parte do “Ferroviário de Luanda” para fazer parte da sua equipa de atletismo de onde foi chamado pelo seleccionador Pedro Almeida para representar Angola nos 3.000 metros obstáculos durante os jogos Luso – Brasileiros que se disputaram no “Estádio dos Coqueiros”. Por razões militares foi deslocado temporariamente para o “Luso” onde também praticou desporto, regressando a Luanda tempos depois onde regressou ao “Ferroviário” e continuou a sua vida paralela, militar/desportista.
Fechado o ciclo militar, o regresso á vida civil levou-o novamente ao F.C. Porto onde continuou a correr, mas a pensar no futuro desportivo começava a desenhar-se o “TREINADOR”.
Quem é de Avintes a Avintes torna, em 1969 e percebendo as necessidades desportivas locais (Só havia futebol) lançou o desafio ao também nosso conterrâneo e seu amigo Laureano Veludo que fazia parte da secção de Atletismo do F.C.P. como lançador de pesos a criar a secção de atletismo no Futebol Clube de Avintes. Pensada a ideia, havia que arranjar suporte para levar á prática “tamanha” tarefa que não foi muito difícil, pois pessoas como Cipriano Castro, António Teixeira , Fernando Dias, Júlio Martins e alguns outros lá se formou a secção de atletismo do Avintes.

Seguiram-se anos de sucesso desportivo, formaram-se em Avintes pelas mãos do “Leites” e do Laureano campeões regionais e nacionais. Período de grande orgulho para os Avintenses trazido mais uma vez pela mãos de “ Leite dos Santos”que dedicava 3 horas da sua vida diária á secção de atletismo.
Pelo reconhecimento do seu trabalho o Fundo Fomento do Desporto  através da Federação de Atletismo atribuiu um SUBSIDIO MENSAL  que apesar de viver exclusivamente do seu trabalho, Fazia questão de doar á secção de Atletismo tornando-se no seu maior “OBREIRO” e “ FINANCIADOR”.Entretanto foi moldando a sua vida pessoal a outra realidade, mudou de actividade profissional,
ligou-se ás mobilas aproveitando as oportunidades que lhe foram aparecendo, casou e deu-nos duas Avintenses que temos a certeza que souberam “ beber” os princípios que os seus Pais sempre praticaram.
Alguma coisa se escreveu, muitas coisas ficam por escrever, mas pretendemos através deste pequeno gesto homenagear um Avintense que nos orgulha muito e que nos dá razões mais que suficientes de gostarmos muito de Avintes e dos Avintenses.
Esta é a nossa visão, aceitamos todas as outras, fizemos o resumo possível, pedimos desculpa ao “Homenageado” e a outras pessoas que por razões várias não fazem parte desta descrição.
Outras do Amigo Manuel Leite dos Santos:
v Sócio de Mérito do Futebol Clube de Avintes
v Membro:
  •     Comissão das comemorações do “Cinquentenário” do F. C. Avintes
  •     Comissão Executiva das comemorações Avintes 1100 anos
  •     Fundador com o titulo de “Borunário” da Confraria da broa de Avintes
  •      Comissão da Festa da broa
  •    Fundador dos “Amigos da Vila”
  •   Comissão das comemorações do Centenário do Teatro Almeida e Sousa
  •   Assembleia de Freguesia de Avintes, onde chegou a exercer as funções de Secretário.
  •   Centro Social Mário Mendes da Costa 
Desejamos ao Amigo Leites que nos acompanhe com saúde muitos mais anos, que continue a transmitir os exemplos de vida que nos ensinou até aqui e á Família transmitir o orgulho que todos temos pelo seu Esposo e Pai.
 
O "Kuskas"
 
 
 
 
 

 

 

domingo, 14 de outubro de 2012

REGISTO



Vale sempre a pena, quando a causa não é pequena:
Também na sequência de uma publicação nossa sobre o “estado” do rio Febros junto ao Rio de Azenha, apraz-nos registar a atenção que foi dada  a esta situação.
Mesmo não sendo da sua responsabilidade a Junta de Freguesia tomou a iniciativa de repor a regularidade no percurso das águas naquela zona, assumindo mesmo a reparação da ponte que liga as duas margens.
Para nós, os registos apreciativos tem mais valor que os depreciativos, porque valorizam a nossa intervenção sempre que as soluções apareçam. É essa a nossa “missão” e neste caso o apreço pela atitude da Junta de Freguesia não podia passar despercebido.

Registamos as explicações que nos foram prestadas sobre o “âmbito” das responsabilidades, as Aguas de Gaia não tiveram a intervenção que lhes era devida, mas felizmente a CARTA CHEGOU A GARCIA

 


 
Por nós:

Um obrigado
 
O "KusKas"

 



 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Degradação

A Industria Parte II
Já aqui abordamos o desenvolvimento Industrial em Avintes nos anos 50/60. Falamos no fabrico das Carroçarias de Autocarros na Empresa “Guilherme Soares da Silva”, outras se desenvolviam em simultâneo, tornando Avintes pioneira em algumas delas e com o crescimento dessas Empresas se iam criando postos de trabalho para as pessoas de Avintes e levava mesmo a grande “importação” de mão de obra das Freguesias vizinhas.
Muita “Gente” de Oliveira do Douro, Seixo Alvo, Alheira, Crestuma, Lever e Vilar de Andorinho viajava diariamente entre a localidades de origem em direcção aos seus empregos e o regresso a casa após mais um dia de labuta.
Os autocarros viajavam entre estas localidades sempre a abarrotar, era um corrupio de pessoas que dava a Avintes sinais de progresso e evolução o que nos ajudou a ser uma comunidade próspera e a criação de riqueza ajudou-nos certamente a tornarmo-nos mais disponíveis para o Associativismo e naturalmente para o “conhecimento” que nos foi  transmitido pela vivência com outras pessoas e muito em particular pelas Associações que se dedicavam á cultura, recreio e desporto.
Era a época da valorização do empresário e empresas de Avintes, começávamos a especializarmo-nos em várias áreas, Marcenaria, Sapatos, Guarda chuvas entre outras e de uma em particular que lhes vamos falar hoje. 
Fabrico de Cartão em folhas.  
  
 Com a sua maior expansão nos anos 60 e na margem do rio Febros muito próximo do lugar do Padrão, laborava uma fábrica de transformação de papel/cartão usado que depois de tratado e trabalhado era transformado em folhas de cartão que seria usado nos mais variados fins (Caixas de cartão por exemplo).
O proprietário Sr. Marques era natural de Rio Meão alugou as instalações a pessoas do local, adaptou-as ás necessidades e aplicou a sua experiência de uma outra fabrica que já tinha na sua terra, tinha na pessoa do seu cunhado o Sr. Coelho também ele natural de Rio Meão o responsável pela fábrica em Avintes.
Como a maioria das empresas, tudo ou quase tudo se fazia manualmente, necessitava de muita mão de obra o que proporcionou emprego a muitas pessoas locais, mas também a muitas que vinham de freguesias vizinhas.
O trabalho consistia na recepção e descarga de camiões de pequeno porte dadas as características dos arruamentos que transportavam fardos de papel/cartão usado recolhido pelos “farrapeiros” Os dias de descarga, desde que não coincidisse com horários escolares eram momentos de festa  e á “socapa” dos empregados a rapaziada “assaltava” o papel velho á procura de livros de cowboys e todo o tipo de revistas da época que deliciavam a nossa leitura e nos transportavam a uma vida que não era a NOSSA.
Depois da descarga era armazenado e mais tarde separado o material (plástico por ex.) que não interessava, após a escolha era descarregado em tanques apropriados que com rodas em pedra e que giravam presas num eixo vertical e tocadas pela corrente da agua, trituravam o papel/cartão o pessoal ia acrescentando no tanque a quantidade apropriada de agua que depois de algumas horas com as rodas em movimento produziam uma pasta liquida que quando atingia o “ponto” era despejada sempre que necessário através de uma canalização interior até a uns cilindros que prensavam essa pasta formatando em folhas de cartão que o operador do cilindro definia as necessidades e as características.
 
 
As folhas ainda húmidas eram amontoadas em paletes que seriam posteriormente transportadas para o local de secagem por um camião de marca Hanomag

também de pequeno porte e que sempre que fazia o percurso entre a fábrica e os locais de secagem era motivo para mais uma festa da rapaziada dado que a viagem era feita em velocidade reduzida originada por um lado com a carga e porque os CAMINHOS eram atribulados e  a “malta” aproveitava para correr atrás do camião e penduravam-se no taipal traseiro para aproveitar a boleia.
As funcionárias estendiam as folhas manualmente nos ainda hoje conhecidos “campos do papelão” (hoje com um aspecto deplorável) até ficarem secas, depois era o processo inverso as folhas de cartão seco eram recolhidas e amontoadas para regressarem ao armazém da Fabrica.
A mão de obra era essencialmente de mulheres, muitas delas de Crestuma e Seixo Alvo e algumas lá do sitio, os trabalhos mais técnicos eram feitos pelos homens que trabalhavam por turnos já que as maquinas trabalhavam 24 horas sem parar.
Como o elemento principal era a agua, era na margem do Rio Febros que se potencializava este serviço.

Hoje a fábrica apresenta o aspecto que as fotos conseguem transmitir, muitos de vocês vão-se recordar de episódios iguais ou parecidos, A ideia é trazer para outra visibilidade o que foi a industria em Avintes e o que ela é neste momento. Vamos trazer exemplos ligados a outras actividades e em estado de degradação como este mas em decadência á menos tempo.
Na próxima vamos falar do CALÇADO.
 

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