sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Recordações:

Regressamos e questionamo-nos de como começar, recorremos a alguns escritos que entretanto tínhamos recolhido e folheando fomos seleccionando alguns que iremos transcrever dando alguma roupagem pessoal:
Como também nos propusemos falar de pessoas que por muito simples e modestas que sejam ou fossem, mas que a sua intervenção na sociedade Avintense mereçam de nossa parte o reconhecimento devido.
Hoje vamos falar (Á NOSSA MANEIRA) do Sr. Joaquim Lima Magalhães:
Um “Avintense” que não era natural de Avintes, matosinhense de quatro costados adoptou Avintes para fazer a sua vida; migrou muito cedo para aquela que seria a sua “Terra” e onde construiu a sua vida e a quem deu tudo o que lhe pediram:
Homem de “tertúlias”, envolveu-se facilmente na “sociedade” frequentador do Clube Recreativo, dos Plebeus e particularmente do velho café “Marina”local de encontros e reencontros e onde se falava dos mais variados temas de interesse comunitário. Foi-se integrando facilmente o que iria ajudar a fazer amigos que viriam a sustentar a sua relação com  o associativismo Avintense, um homem que não era letrado mas que se mantinha sempre actualizado através da leitura e com as “conversas” que sempre fez questão de manter com “Clientes” e “Amigos”.
Num meio ainda muito fechado, as colectividades tinham uma influência enorme na relação entre as pessoas, a paixão que tinha pelo futebol, levou-o muito cedo a “gostar” e manter-se muito próximo do F.C. Avintes e dos seus amigos jogadores e dirigentes, facilmente apanhou o “bichinho” e alguns anos após o “tirocínio” levou-o a assumir os destinos do Clube.
Foi dirigente da colectividade variadíssimas vezes nos anos 60/70/80 e 90 onde  ganhou e perdeu, com uma intervenção muito pessoal, sempre pôs os interesses da colectividade acima de qualquer “gestão” menos equilibrada. Á sua maneira tirou algumas vezes o clube de situações mais complicadas e sempre que o desafio lhe era posto e em defesa dos interesses do Clube “NUNCA DIZIA QUE NÃO”.
Memorizamos a pessoa e os feitos, Vice - campeão em 94/95, Campeão 68/69, 90/91 e 97/98. Delegado na Associação Futebol do Porto em 92/93 como representante do F.C. Avintes,”Activista” confesso da União de Clubes de Gaia, Sempre o conhecemos ligado directa ou indirectamente aos melhores momentos do Clube, ficou vincada a sua participação e colaboração ao monumento ao ATLETA e muito particularmente aos vários ciclos da construção do novo Estádio.
Pessoa de carácter muito próprio, assumia as divergências de peito aberto, provavelmente nem sempre compreendido e até quem sabe sem razão o que por vezes lhe teria trazido alguns dissabores pessoais e desportivos.
Conhecedor e prestigiado no “fenómeno” do futebol, os anos de dirigente, as pessoas com quem foi trabalhando, a sua relação com a Associação de Futebol do Porto, permitiam-lhe a experiência que sempre pôs ao serviço do seu F.C. Avintes.
Deixou-nos muito cedo e a sua partida prematura roubou um “HOMEM” que se estivesse entre nós “Muitas coisas seriam diferentes”.
Uma singela homenagem, ao trazer à vossa memória uma pessoa que sempre procurou a descrição, a simplicidade e a modéstia mas a quem o F.C. Avintes e os  Avintenses muito devem.
 
o KusKas
 
 
 

 

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